domingo, 23 de agosto de 2009

campanha pela frescura zero*

*tema sugerido pela amiga luciana galastri

cena: restaurante, hora do almoço, pessoa com um prato de comida de qualidade duvidosa chama o garçom.

- amigo! me traz uma coca zero, com limão e gelo.

se você congelou nos anos 80, começo dos 90 no máximo, deve estranhar a adição de qualquer palavra após a coca. pois é, antigamente, uma coca era uma coca, você a pedia e tomava do jeito que vinha. não tinha essa variedade de opções, zero, light, e o escambau, e, até onde eu me lembro, também não tinha esse negócio de pedir copo com limão pra coca, copo com laranja pro guaraná, e frecuras do tipo. lá pela metade dos anos 90, eu acho, que apareceram os refrigerantes diet (se apareceram antes, eu não era velho o suficiente pra diferenciar). mas, ainda assim, eram só os normais e os diet.

agora, você pode optar por light, por zero, copo com ou sem gelo, com limão, laranja, melancia, jaca, e outras bizarrices. tá, esses dois últimos eu nunca vi, mas deve ter em algum lugar. alguém aí poderia me explicar qual a utilidade de se ter tantos tipos de refrigerante? "ah, é mais saudável", alguém pode argumentar. tipo, é um refrigerante, então, no máximo, vai fazer menos mal.

e é aqui que entra o ponto principal: o refrigerante em si já é algo que faz mal (não, não sou contra, eu tomo mais refrigerante que qualquer um dos meus 4 leitores, aposto), então, vale à pena, em troca de 5% a menos de malefício, tomar um refri com um gosto pior que o original? sim, pois minhas pesquisas informais, com pai, mãe, irmã, namorada e meia-dúzia de amigos confirmam a minha teoria de que refrigerantes zero/light/diet são invariavelmente menos saborosos do que os refrigerantes tradicionais. só que não faz o menor sentido tomar algo pior só pra ter menos prejuízos à saude. seria a mesma coisa que passar a tomar cerveja glacial, ou malte, ou outra marca alternativa, caso elas aleguem ter menos calorias. um simples atentado ao bom gosto.

a adição do limão (seja no copo, ou diretamente no refrigerante, como na pepsi) faz parte de um outro tipo de frescura, acho que a mesma que levou à criação das caipirinhas de diversos sabores (também conhecidas como caipirinhas pra meninas), como morango, kiwi, uva, melancia, e sei lá mais o que. na verdade, acabei de pensar em uma teoria inversa à que acabei de citar: o surgimento dessas diversas caipirinhas fez com que a utilização do limão nessas bebidas caísse de absolutos e justos 100%, para absurdos e afeminados 50%. para recuperar as perdas, os produtores de limão fizeram acordo, primeiramente, com o sindicato dos garçons, que, em troca de benefícios financeiros, passaram a oferecer limão para acompanhar os refrigerantes. ao perceber o sucesso da medida, os produtores de limão entraram em acordo com a pepsi, criando um produto que de imediato conquistou o público. enfim, uma grande conspiração.

esse papo me lembrou de algo que surgiu há uns 4 anos, e que, felizmente, não vingou: a cerveja com tequila. era algo simplesmente intragável, não lembro de ninguém que tenha gostado. enfim, não tem nada a ver com a conspiração do limão, muito menos com a paranóia do zero, mas eu fiquei com vontade de falar nisso.

3 comentários:

Luciana disse...

yey, e ele colocou mesmo os créditos. li de novo sóbria, errrm, quer dizer, acordada, e continuo achando mto bom ^^!

quando quiser mais temas sem noção fale comigo que sou uma foooonte deles ^^

o/
:*

Bel disse...

HAHAHAHAHAHAHA
A glacial podia reduzir as calorias e associar o sabor ruim que sempre existiu a isso.

Doug disse...

As putarias de zero e opção mais saudaveis eu concordo mas pô gelo geralmente é uma boa opção e já que pedi aproveita e coloca um limãozinho por favor...