sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Vida a la loser

Warning: O texto a seguir é uma reflexão em uma linha de pensamento descontínua e, para muitos, pode não fazer o menor sentido. Fugi do assunto. Aliás, corri do assunto. Se o Word fosse psicólogo, falaria que não estou em contato com as minhas emoções. Espero profundamente que nada que eu tenha escrito seja usado contra mim /so not gonna happen/.

Nunca entendi a necessidade de se sentir diferente e igual, ao mesmo tempo. Talvez a noção de acolhidade /rs/ e a vontade de pertença a um grupo, bem como o desejo de auto-afirmação esteja deveras nas entranhas dessa sociedade patológica de hoje em dia, atualmente. Tradução da linguagem sociológica fake: Ninguém quer ser loser! Loser não é *88**8 tendensia*8*8*8, definitivamente. Já tivemos a moda dos freaks, dos nerds e até mesmo dos geeks. Claro que a tradução Beverly Hills-Piracicaba foi comprometida e os grupinhos viraram: quem tem uma tatuagem põe o dedo aqui que já vai fechar o a-ba-ca-xi, representando os freaks – que a concepção americana via só como esquisitões, outsiders em geral com nenhuma qualidade aparente, o que me fazia me identificar muito com eles, mas a maldita tradução arruinou tudo (smile pulando do abismo); O grupo dos nerds virou o grupo dos estudantes dos milhares cursos de engenharia – menos de alimentos, acho. Esse não mudou tanto no intercâmbio. O que vejo de diferente é que sempre aparecia um menino gordo de cabelo ruivo e cacheado que prendia eles na porta do banheiro ou roubava o lanche dos saquinhos marrons deles; E, por fim, os geeks. A tradução generalizou um pouco. Geek era pra ser aquele que sabia tudo de informática e aqui virou mangá-maníaco que passa o dia todo no youtube. Prosseguindo, a definição de loser seria perdedor, impopular, o que seria exemplificado em leitores de sábado à noite, colecionadores em geral, detentores de acne, pessoas tímidas que em situações de exposição fazem alguma merda – toque pessoal. Ou seja, qualquer um com algum defeito ou esquisitice, inadequado para nossa sociedade perfeita (Rá). Perfeita o cara...melo. Perfeita onde? Na comunidade “Pefeitos e perfeitas do orkut [VIP] ®?” - Tá, eu copiei, mas juro que digitei “perfeitos” e sabia que aparecer exatamente isso (smile do Einstein). Indagação indignada de novo, povo: Perfeita onde? Na Gisele Bündchen? No cérebro do idiota que tatuou ela no peito? Na menina que fez cirurgias para se parecer com ela? Na cadela que alguém nomeou com esse nome? A solução lógica é deixar passar, não se preocupar com o que os outros dizem, pois é isso que um loser faria – acabei de admitir minha condição de loser, mas isso não é segredo pra ninguém, conhecendo-me ou não. Enfim, meu ponto é eu desviei o foco em sua totalidade, não acho mais o centro, nem o vértice, muito menos o ângulo, olhando por essa lente.

Primeira frase, recomeço, go: Nunca entendi a necessidade de se sentir diferente e igual, ao mesmo tempo. Explanando sobre essas necessidades... Need 1: Sentir-se superior por ser diferente, mas não diferente demais. Não pode ser diferente estilo “tô cantando no meio do ônibus sozinho” . O mais provável, acreditem ou não, seria ouvir: “Imaginem se me virem dançando com os Hare Krishna? Será o fim da minha vida social!” O que tem nessa fucking vida social, afinal? Exemplo de vida social: 5684 amigos íntimos que você convidou pra sua festa de 15 anos. Vamos aos dados estatísticos: 5684 comeram e beberam as suas custas. 5683 fingiram estar feliz em ver você. 5660 dançaram “I will survive”. 3048 foram ao banheiro. 5021 falaram que sua festa tava um lixo. 8 fizeram seu cabelo. 3 vestidos. 2 se importariam com você, se estivesse paraplégica. Seriously. Need 2: Pertencer a um grupelho, mesmo um neo-grupo, inventado por você e seus amiguinhos – excluindo brutalmente qualquer um que possa aproximar-se. Socializar-se é importante, mas não entendo por que isso deveria ser tratado como obrigação e não ter interesse em pessoas falsas (ou melhor: pessoas, falsas) seja a maior das estranhezas. Claro que existem pessoas boas. Eu realmente acredito nisso /NÃO sOU tÃo EMo aXiM (L) = ^.^ =/. Mas penso também que não são todos os 5684 amigos íntimos do infame baile de apresentação à sociedade (Você que teve baile, a sociedade já te conhece? Tava aqui curiosa). Need 3: A auto-afirmação: necessária e se realiza, inevitavelmente através de objetos, roupas e possivelmente sobre a humilhação de outra pessoa.

Parece que tudo é feito de forma corrupta, degradante e segregadora. O pensamento vamos-nos dar-as-mãos-e-mudar-o-mundo /conclusão de redação pérola/ vem à mente: Why can we all just get along? Impraticável, aparentemente.

* E se implorar pra todo mundo se dar bem, enquanto eu tô falando mal do todo mundo parece paradoxal. So be it. Ou beat it.

ser ou não s.. ahm, melhor não ter um título do que ter um título fajuto.

necessidade de se enquadrar. necessidade de se diferenciar. ok, ok, o tema é manjado. mas enfim, poucas pessoas lêem isso aqui mesmo, não faz muita diferença. essa idéia me surgiu esses dias, quando estava conversando com uma amiga que se lamentava por ser "estranha", dizendo que se sentiria mais cômoda se fosse "normal". e fiquei pensando nisso. as pessoas são meio incoerentes. não, não todas! nem é necessariamente o caso dessa amiga, ela apenas me remeteu ao tema. estou falando da população média, aquela que a gente (ou vocês, eu não) vê em filmes, na malhação... tá, um pouco menos, mas deu pra entender. então, voltando.. as pessoas são meio incoerentes. por um lado, desejam se enquadrar em um grupo (ou em uma tribo, como costumam dizer os apresentadores do plug), pra irem todos juntos aos mesmos lugares, ouvirem a mesma música, e falarem as mesmas merdas. por outro lado, querem estar nesse grupo para se diferenciar da "maioria". e até mesmo dentro do grupo, querem ter algumas características que os diferenciem das pessoas com as quais elas querem se parecer. sim, isso é absurdo. um exemplo clássico é o dos indies, que usam roupas parecidas, gostam, em geral, da mesma banda, mas que procuram uma banda que ninguém mais conheça pra considerar a melhor do mundo ever (exemplo baseado em textos tipo desciclopédia - pra quem não conhece, http://desciclo.pedia.ws/ -, portanto, nada confiável, mas engraçadinho - ou não).e por causa disso as pessoas ficam em uma busca retardada por essa "identificação diferenciada" (na falta de um termo decente pra isso). algumas chegam ao ponto de fazer coisas que, no fundo, não querem muito, seja pra se igualarem ou pra se diferenciarem.bom, chegando nesse ponto do texto, percebi que não há muito o que falar sobre esse tipo de gente. eles tomam esse tipo de atitude, e se sentem bem assim. eu tento não agir dessa maneira, e acho que estou bem assim. enfim.. alguém tem um assunto aí?

sim, o texto tinha acabado. mas como não postei ainda, posso fazer o que quiser aqui. ao invés de apagar o que não gostei (ou seja, o texto inteiro) e substituir por algo menos pior, decidi recomeçar logo abaixo. eu acho. sei lá se vai render algo menos inútil do que já escrevi, mas enfim.lendo o texto da bel que também foi/será postado aqui, sobre o mesmo assunto, percebi em um aspecto não muito bem abordado aqui. ou mais de um.as pessoas se importam com essas coisas a ponto de ficarem felizes com falsas amizades. vide pessoas que saem adicionando pessoas no orkut, mesmo sem nunca terem conversado, e ainda convidam essas pessoas pra festas. e essas mesmas pessoas se cruzam por aí no dia-a-dia e nem olham na cara uma da outra. se importar em ter "amizades" falsas e superficiais, só por questões de aparência, só pra se sentir "popular", é patético.assim como é patético o modo como algumas pessoas procuram se diferenciar, entrando em "modinhas exclusivas" só pra se sentir diferente. primeiro piercings, depois lesbianismo (ou pseudo-lesbianismo, aquelas menininhas que andam de mão dadas só por andar), tipos de roupa.. enfim, coisas que as pessoas fazem não por se sentir bem com aquilo, somente pra se sentir "diferente". e no fim das contas, querem isso pra chamar atenção dos outros, e assim conseguir uma maior inclusão.bom, as pessoas são incoerentes, e sei lá porque eu tô aqui escrevendo sobre elas. e pior, esse texto soou muito como "eu sou diferente dessas pessoas, viram? me achem legal e comentem muito no meu post, pra eu me sentir popular." pelo jeito sou incoerente também. patético.
p.s.: sintam-se à vontade pra sugerir um tema decente pro meu próximo post.

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Fora a girafalização: por uma população de baixo nível (de estatura)

Por que mulheres são obcecadas por salto alto? Algumas acham que precisam usá-lo todo fucking day! Saltos simbolizam poder, feminilidade, glamour - dizem. Sei lá... alguma razão histórica pra tal fato? /Jogando no google: história salto alto/ Como a gente viveu tanto tempo sem Wikipedia? Ah, é, tinha a Barsa. Mas a Barsa demorava pra ser atualizada, de forma que ficaríamos muito atrás em relação às atualidades /fofocas/. Continuando e humilhando-me: é, tem uma razão histórica. Antiguidade, blá, blá, blá, mulheres em casa, educavam família, blá, blá, homens faziam rituais em homenagem* a elas, blá?, ficavam em pedestais a 2 m de altura... /pra serem queimadas?/... para serem homenageadas e os homens cantavam e dançavam para elas, blá! Por que não existe isso mais? Eu queria um ritual em minha homenagem. Totalmente mereço (?). Resumindo: as escadas das cerimônias de serenatas coletivas na Idade da Pedra foram diminuindo até virarem coisinhas mais práticas e se transformaram em sapatos de salto, o que foi perpetuado durante a Idade Média por rainhas metidinhas /Maria Antonieta/ para demonstrar que eram mais - mas muito mais, meu bem - que os plebeuzinhos ranhentos dos povoados e os caipiras nóis-trupica-mai-num-cai enlamados dos feudos. Prosseguindo após resuminho histórico: Sim, eu gosto de sapatos. Só que pela beleza deles, não pelo que dizem que eles proporcionam, não por serem agarra-marido, sendo mais prontofalada. E o motivo de alguém se sacrificar - sacrificar mesmo, porque é raro um ser confortável - é intrigante. Satisfazer a vontade masculina? (Algum deles vai reparar? Algum hétero?). A postura fica melhor? (A troco de dor nos pés, varizes e futuro fraturamento da coluna). Não se trata de ser xiita. Sou total pró frescurinha, do tipo "vou levar hidrantante pro acampamento" ou do tipo "vou por delineador pra ir na missa", mas sou total contra vaidades prejudiciais como o uso diário de sapato da salto alto. Eu sei que se sapato fosse substituído por nicotina na útima oração ia parecer um assunto sério, mas estou sinceramente tentando não exagerar porque sei quão inútil é o assunto. Aliás, além de inútil, é minha opnião no maior estilo falomermo - o que não dá pra levar naaa-d-a a sério. Por isso, tranquilizem-se pattys. Brincadeira! /falsidade/
* Então os homens são bons por natureza. Locke e Rousseau: 10 pontos. Hobbes: 0. Mas não se preocupe, Ho, - só um apelido /Quem não sabe, nem procura o significdo pelamordedells/ você recupera na próxima rodada. Próxima pergunta: "Estado de natureza? A) Bárbarie?..."

criticando a crítica (qual crítica? leia, pô!)

humor negro é algo que causa muitas polêmicas. não é bem aceito em todos os lugares, nem todas as pessoas acham graça. não achar graça ainda vá lá, o problema é o argumento que a maioria das pessoas usa pra justificar o seu repúdio por esse tipo de humor: "ai, que maldade, ficar rindo das pobres criancinhas etíopes, que estão lá passando fome". "nossa, é muito cruel ficar fazendo piada com os deficientes físicos".

primeiro, qual a diferença entre se fazer piada com um etíope, um deficiente, um judeu, um gay, um gaúcho (estou repetindo?), um nordestino, ou um padre voador? não, isso não foi uma piada, tipo aquela da diferença entre a mulher, o poste e o bambu, foi uma pergunta mesmo.
nenhuma, a diferença entre fazer piada com qualquer um dos tipos aí de cima não é nenhuma. e a grande maioria dos que criticam o dito humor negro com certeza já riu de alguma piada de gaúcho ou judeu. se não riu, é porque é uma pessoa de mal com a vida, e que não sabe rir de nada. até porque piadas, em sua maioria, exigem um esteriótipo. você conhece alguma piada que tenha como personagem um sujeito de estatura mediana, peso normal, cabelos e olhos pretos, de classe média, que não seja um galã, nem um cara feio pra cacete, que tenha um emprego normal, uma família normal.. enfim, um sujeito tipicamente normal... conhece? eu, pelo menos, não conheço. e se existir, provavelmente é uma piada sem graça. portanto, piadas decentes exigem esteriótipos. e a única diferença do humor negro é que ele faz piada com esteriótipos mais "sofridos", ou simplesmente menos comuns. enfim, já está explicado porque não há diferença nenhuma entre fazer piadas com qualquer um daqueles tipinhos que eu citei lá em cima.

e o segundo ponto, e mais simples, que mostra porque é uma besteira criticar o humor negro, é o fato de que, independente de eu fazer uma piada ou não, as crianças vão morrer de fome na etiópia, e o deficiente vai permanecer deficiente. não é porque eu estou fazendo uma piada preconceituosa que eu sou de fato preconceituoso. a velha história do "perco o amigo, mas não a piada", só que um pouco diferente. enfim, as pessoas tem que saber que as piadas estão em um ambiente isolado, que às vezes se utiliza da realidade para fazer humor. só isso.

o máximo que uma piada causa, no mundo real, além de risadas, é uma reflexão sobre o tipo/situação mostrado nela. ou seja, um efeito positivo. só que pra isso, é preciso que as pessoas tenham um mínimo de bom senso. e senso de humor, lógico.